VALE TUDO

Azambuja e a Estratégia para Impulsionar Capitão Contar: O Desgaste de Nelsinho Trad no Jogo Eleitoral de 2026

publicidade

Articulação política no estado de Mato Grosso do Sul (MS) tem levado a uma movimentação estratégica que coloca o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) como um dos protagonistas no cenário eleitoral de 2026. A principal ação da vez? Apoiar a candidatura de Capitão Contar (PRTB) ao Senado, numa tentativa de fortalecer a direita estadual e projetar uma frente sólida contra a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

As articulações para as eleições de 2026 começam a tomar forma no Mato Grosso do Sul, e a política local vive uma verdadeira dança de bastidores. A última movimentação no jogo eleitoral envolve o ex-governador Reinaldo Azambuja, que tem se alinhado ao ex-deputado estadual Capitão Contar, para colocar o nome deste último como uma das apostas do Partido Liberal (PL) para o Senado. Essa movimentação coloca o atual senador Nelsinho Trad (PSD) em uma posição desconfortável, o que pode resultar em uma rivalidade ainda mais acirrada dentro do espectro da direita sul-mato-grossense.

Azambuja em Ação: A Unificação da Direita?

Em meio à crescente polarização política no país, Azambuja parece estar utilizando uma estratégia ousada para se colocar como um articulador chave para as eleições de 2026. Ao apoiar Capitão Contar como o “segundo nome” do PL para o Senado, ele busca fortalecer a bancada da direita em Mato Grosso do Sul, um estado que tem sido tradicionalmente mais favorável ao espectro conservador. Com isso, o ex-governador tenta preencher uma lacuna na candidatura de uma possível chapa ao Senado que tenha condições de competir com as forças de esquerda, representadas por nomes do PT.

Contar, que já foi o deputado estadual mais votado em 2018 e disputou o segundo turno nas eleições de 2022 para governador, é visto como uma alternativa forte. Ao se colocar como uma possibilidade para o Senado, ele pretende não só ganhar relevância, mas também dar ao PL uma oportunidade de ampliar suas chances de conquistar duas cadeiras na Casa Alta.

Nelsinho Trad e o Incômodo Desgaste

O apoio de Azambuja a Contar, no entanto, não é bem recebido por todos dentro da direita. O senador Nelsinho Trad, que foi eleito em 2018 e busca renovar seu mandato em 2026, sente-se diretamente prejudicado por essa movimentação. Segundo fontes próximas a Trad, o senador vê essa articulação como uma tentativa de enfraquecer sua candidatura, colocando seu nome à sombra da influência do ex-governador.

Leia Também:  Projeto que cria cargos no ensino militar tem aval da CCJ

Nelsinho Trad, que já é um nome consolidado na política estadual e possui uma base forte entre os eleitores mais tradicionais de Mato Grosso do Sul, está preparado para reagir. Nos bastidores, acredita-se que ele tenha um “plano B” em mente, um movimento estratégico que visa garantir sua reeleição, mesmo diante da força crescente de novas articulações dentro do PL.

Capitão Contar e o Jogo das Alianças

O ex-deputado Capitão Contar, em entrevista recente, afirmou estar pronto para dialogar com o PL sobre sua possível candidatura ao Senado. Contar reconhece que sua aliança com Reinaldo Azambuja pode ser vista com reservas, principalmente pelos militantes mais radicais da direita, que consideram o ex-governador tucano uma figura do “centrão” ou até mesmo uma presença da esquerda no partido. No entanto, Contar defende que a unificação da direita é essencial para enfrentar o fortalecimento do PT no cenário nacional.

“Aqui no MS, acho muito provável que dê certo. Se o PL está considerando meu nome para fortalecer isso, estou pronto para dialogar”, declarou Capitão Contar, sinalizando que está disposto a contribuir com essa estratégia, mesmo que ela envolva um certo risco político. A estratégia é clara: fortalecer a direita e garantir que o PL possa conquistar dois assentos no Senado, algo visto como crucial para a composição do Congresso Nacional em 2026.

Contar acredita que a falta de uma candidatura forte para a presidência da República no campo da direita pode abrir espaços para a esquerda crescer, e defende que um Congresso forte será fundamental para evitar o que ele chama de “caos”, caso Lula seja reeleito. “Direita isolada é um risco”, diz, reafirmando a necessidade de uma união estratégica para garantir vitórias políticas em diferentes esferas.

Leia Também:  Justiça: prefeitura deve dar folga a servidoras para exames de câncer de mama e colo do útero

O Cenário para 2026: Confronto Direto no Senado

Se a candidatura de Capitão Contar se concretizar, o campo eleitoral para o Senado em Mato Grosso do Sul promete ser ainda mais competitivo. Além de Contar, o presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP), e o próprio Nelsinho Trad deverão disputar os votos dos eleitores mais conservadores e de direita. Com isso, o cenário para a Casa Alta se desenha com várias figuras disputando uma fatia do eleitorado que tradicionalmente vota em candidatos ligados à direita, mas também com o risco de fragmentação dessas bases, o que pode abrir margem para forças políticas rivais.

A articulação de Azambuja em apoiar Contar pode ser vista como um movimento para não só enfraquecer Trad, mas também para projetar um nome mais alinhado com o PL e, possivelmente, com uma agenda mais estratégica para o futuro do estado.

O Jogo de Xadrez Político

Como em um jogo de xadrez, cada movimento é cuidadosamente planejado. A aposta de Reinaldo Azambuja em Capitão Contar pode ser o impulso necessário para fortalecer a direita no estado e a nível nacional. No entanto, a decisão de isolar Nelsinho Trad e reduzir seu espaço na disputa pode gerar divisões internas que, no futuro, podem prejudicar o partido, caso não se consiga manter a coesão entre as diferentes alas da direita.

Por enquanto, as articulações seguem em andamento, e o que parecia ser um cenário tranquilo para as eleições de 2026 agora se desenha como um campo de batalha em que alianças, estratégias e jogadas políticas serão decisivas para o futuro político de Mato Grosso do Sul.

O que está em jogo? O fortalecimento de uma direita unificada contra a ameaça de uma nova presidência de Luiz Inácio Lula da Silva e a possibilidade de garantir uma bancada sólida para o Congresso Nacional. Resta saber quem sairá vitorioso neste intrincado jogo de alianças e disputa pelo poder.

COMENTE ABAIXO:

Compartilhe essa Notícia

publicidade

publicidade

publicidade

Previous slide
Next slide

publicidade

Previous slide
Next slide