O vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão, afirma que partido vai se organizar para disputar as eleições 2026, mas com foco a cadeira na ALEMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul). A afirmativa foi dada na manhã desta segunda-feira (13), na Câmara Municipal, quando ele foi reconduzido à presidência do diretório do PSB (Partido Socialista Brasileiro) de Campo Grande.
O parlamentar e dirigente local, como outros de instancias maiores, avaliam que o processo eleitoral estará difícil para a sigla, que foi reduzida em MS e ainda tem às indefinições e negociações políticas ao pleito daqui um ano, com questões de lado partidário nacional e regional, com Lula e outro candidato até de Direita, apesar de serem do campo Progressista.
O imbróglio, por exemplo, tem ações que os divide entre estar com Lula para reeleição e no Estado, ao governo, com Eduardo Riedel, que já não era “Lulista” e agora piorou, indo para PP, partido que foi a oposição do Governo Lula e tem grande parte do campo Bolsonarista e ou de Direita, que tem se transformado em extrema-direita.
Mas, agora, o PSB de Campo Grande reconduziu Carlão, à presidência do diretório municipal, que ante as problemáticas interna e externa, destacou que a meta do partido é eleger pelo menos deputado estadual na próxima eleição. Ele até anunciou que colocará seu nome à disposição para a disputa. “Organizar o partido para disputar uma cadeira na Assembleia. Acho que temos condições de disputar, desde que os pré-candidatos que têm potencial se mobilizem”, afirmou.
As versões de candidatos
O único vereador na Capital, entre poucos pelo MS, e com a prefeitura de Corumbá, Carlão também ressaltou a necessidade de diálogo com o governador Eduardo Riedel (PP) para garantir a participação de aliados na montagem de uma chapa forte. “Vamos conversar com o Riedel para conseguir algum nome dele, de forma a fortalecer nossa chapa”, disse.
Além disso, Carlão pretende se articular com outros pré-candidatos a vereador que tiveram mais de mil votos nas últimas eleições e buscar apoio de ex-prefeitos e ex-deputados, como Lauro Davi, caso decidam concorrer.
A já pública questão, de dita ‘sobrevivência’, permanência do deputado estadual Paulo Duarte no PSB, que é o atual presidente estadual do partido, Carlão afirmou que o partido tentará convencê-lo a permanecer. “Para Paulo ficar, precisamos mostrar que o partido é viável e que vai apoiá-lo”, comentou.
A ‘sobrevivência remete a relação à estratégia estadual, Carlão explicou que o partido pretende apoiar Riedel, mas a definição final depende da direção nacional. Com filiação a um partido de (extrema) Direita, Riedel já certo que não apoiará a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que terá Geraldo Alckmin, do PSB, como vice.
“Se Riedel liberar algumas pessoas para se filiar ao PSB, vamos conseguir montar uma boa chapa. Para eles, a prioridade é ocupar cargos federais, que aumentam o fundo partidário, mas também queremos uma boa presença estadual”, disse.
Versão Duarte
Paulo Duarte afirmou que ainda não decidiu se permanecerá no PSB devido à indefinição sobre o apoio a Riedel. “Essas questões serão definidas nacionalmente. Estive há duas semanas com o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, que é do PSB, e ainda não há definições”, explicou.
O deputado reforçou que, pessoalmente, se sente bem no partido e não gostaria de sair. “Minha presença aqui demonstra meu compromisso com a organização do PSB. Se dependesse apenas de uma decisão pessoal, eu permaneceria e me sinto muito bem dentro do partido.”
Paulo Duarte reconheceu que a eleição de 2026 traz desafios, já que Riedel é o candidato da vez e o PSB ainda não se posicionou nacionalmente sobre o apoio. Ele afirmou que, caso o partido nacional libere o apoio a Riedel e seja possível montar uma chapa de candidatos a deputado estadual, consideraria uma honra disputar pelo PSB.
Ainda neste mês, Carlão e Paulo Duarte planejam se reunir com João Campos, presidente nacional do PSB, em Brasília, para tratar da liberação de filiações e reforçar a estratégia do partido para as eleições estaduais, além de negociar o apoio em nível estadual.
DIRETORIA RE-ELEITA
Os membros empossados da Executiva Municipal do PSB de Campo Grande (MS) são: Carlos Augusto Borges, presidente e também líder da bancada na Câmara de Vereadores; Kelly Cristina da Costa Leal, primeira vice-presidente; Ilma Grisoste Barbosa, secretária-geral; José Abelha Neto, primeiro secretário; Isabella Dias, segunda secretária; Lúcia Aparecida Oliveira Martins, primeira secretária de finanças; e Sebastião Alves Barbosa da Silva, segundo secretário de finanças.
