O comparsa do ‘Assaltantes de Goiás no semiaberto vieram para furtar joalheria em Campo Grande’, foi preso nesta terça-feira (21), ainda na Capital. O primeiro preso foi Claudyo Henryque Aquino Matos, 20 anos, que veio para cometer o crime junto com o comparsa identificado apenas como Thiago, pego hoje. A dupla tentou furtar uma joalheria, em pleno shopping Norte Sul, na noite deste domingo (19).
Thiago, que seria mentor do furto a joalheria do shopping, foi preso por uma equipe do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Assaltos e Sequestros), estando então foragido desde domingo, quando do lado de fora, fugiu e o amigo foi preso, oito horas depois de ficar escondido na tubulação do centro comercial.
Conforme a polícia, o comparsa — que saiu de Goiás para cometer o crime com o amigo — ainda estava escondido em Mato Grosso do Sul. Durante diligências, ele foi localizado pelo Garras e preso.
Claudio preso no último domingo (19) ficou escondido das 5 horas até às 13 horas da tarde na tubulação. Isso porque com o disparo do alarme, ele fugiu e se escondeu na tubulação, sendo localizado somente horas depois, quando o shopping já estava aberto ao público.
Deixou o ‘amigo’ para traz
Em depoimento, Claudio disse que enquanto ele adentrou o shopping, o comparsa ficou na área externa aguardando. Porém, quando o indivíduo percebeu que o alarme foi disparado, ele fugiu. Com isso, desde domingo (19), os policiais estavam procurando pelo criminoso, que fez o ‘convite’ ao ‘amigo’ para ganhar dinheiro sobre joalheria.
O rapaz preso no domingo, disse também aos policiais que conheceu o comparsa Thiago, em um bar em Santo Antônio do Descoberto, no estado de Goiás, onde reside atualmente. Na ocasião, o comparsa lhe fez uma oferta para ganhar dinheiro e ‘pegar uma joalheria’.
A oferta foi aceita e o Thiago teria comprado a passagem de ônibus para os dois. Assim, a dupla viajou de Goiás até a Campo Grande e chegou na sexta-feira (17), por volta das 18h. Eles desembarcaram na rodoviária e pegaram um táxi até um hotel reservado pelo amigo, em frente a um outro shopping na entrada da Capital.
Na delegacia, o autor afirmou que toda a movimentação em Campo Grande foi feita em um táxi e a despesa paga pelo amigo, já que ele era responsável por fazer o levantamento da joalheria. Inclusive, o comparsa esteve na loja se passando por um cliente e analisou o sistema de segurança.
Segundo o interrogatório do autor, ele era responsável pela entrada na joalheria para cometer o furto. Então, no sábado (18), o comparsa já havia ido ao shopping, enquanto o autor ficou esperando um carro de aplicativo solicitado pelo amigo. Ele já havia recebido vídeo e orientações do crime a ser cometido.
Início da ação e fios de internet para tentar cessar alarme
Já no shopping, conforme depoimento de Claudio, o autor já teria copiado a frequência do sistema de fechamento da porta de uma loja de roupas, que fica na lateral. Quando ele se aproximasse, o amigo iria abrir a porta e, em seguida, fechá-la. Feito isso, o autor se aproximou da porta e entrou para o comércio, onde trocou de roupas e ficou descalço.
Assim, ele entrou nos dutos de ventilação e foi até a joalheria. No entanto, ao descer pela tubulação, o forro quebrou e o alarme disparou, momento em que o rapaz tirou a câmera de segurança e puxou os fios de internet na tentativa de cessar o alarme.
Mesmo com os fios cortados, o alarme da joalheria continuou tocando e o autor subiu novamente pela tubulação para fugir, onde ficou por várias horas. Durante o período em que ficou escondido nos dutos, o rapaz percebeu que o aparelho celular e sua pochete ficaram dentro da joalheria e, por isso, ficou sem contato com o comparsa.
Horas depois, o criminoso viu uma saída para o estacionamento. Então, ele começou a descer pela tubulação, momento em que foi abordado pelo segurança do shopping. Logo, deitou no chão, tentou fugir, mas desistiu. Ele foi preso e encaminhado para o Garras. Já o comparsa fugiu ao notar o disparo do alarme no shopping e ficou sendo procurado pela polícia.
Shopping fechado com funcionários chegando
A ação da tentativa de assalto levou o Centro Comercial a ser fechado até pelo início da manhã, até pouco depois de chegada de funcionários.
Assim, pela manhã, por volta das 7 horas, cerca de 30 funcionários chegaram para trabalhar e foram informados de que o shopping estava interditado, “sob motivo sigiloso”.
Após cerca de 1h, os policiais liberaram somente a entrada de trabalhadores da praça de alimentação, enquanto os funcionários de outros estabelecimentos aguardavam do lado de fora.
Por volta de 9 horas, então todos já foram liberados para entrarem no shopping ante ainda o primeiro assaltante, estar ‘preso’ na tubulação.