O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) aumentou a pena de três condenados pelo assassinato de Marcel Costa Hernandes Colombo, conhecido como “Playboy da Mansão”. O crime ocorreu em outubro de 2018, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Campo Grande.
Assim, desembargadores da 2ª Câmara Criminal atenderam ao pedido do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado).
Dessa forma, Jamil Name Filho, apontado como mandante do crime, teve pena aumentada de 15 anos para 21 anos e 10 meses de prisão. Conforme a denúncia, Name chefiava milícia armada que cooptava agentes de segurança pública e eliminava rivais. Tudo seria para manter o domínio sobre a exploração do jogo do bicho em Mato Grosso do Sul.
Já o ex-guarda civil metropolitano Marcelo Rios, condenado por planejar a execução e contratar pistoleiros, também teve pena aumentada de 15 para 21 anos de reclusão. Ele era responsável por cooptar outros agentes da segurança para cometer crimes.
Ainda, o ex-policial federal, Everaldo Monteiro de Assis, teve a pena dobrada: passou de oito anos para 16 anos de prisão. Ele foi apontado por fornecer informações da vítima aos executores e por utilizar o cargo para acobertar o grupo criminoso. Ele estava cumprindo a pena em liberdade. Porém, com a nova decisão, será preso e recolhido a um presídio. Os outros dois condenados cumprem pena no Presídio Federal de Segurança Máxima de Mossoró (RN).
Por fim, Rafael Antunes Vieira não teve alteração na pena. Ele foi condenado a dois anos e seis meses em regime aberto por ocultação de arma de fogo.
O aumento das penas foi possível após a Justiça afastar atenuante (circunstância que reduz a pena) como agir por violenta emoção e também incluir agravantes (circunstâncias que aumentam a pena) como organização de atividade criminosa e extrema gravidade dos fatos.

Playboy da Mansão
A denúncia apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) relata como foi planejado e executado o crime. Naquela ocasião, Marcel estava em uma cachaçaria, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, quando foi atingido pelos disparos.
Ainda segundo o MPMS, o crime foi executado por Juanil, com auxílio de Marcelo Rios, José Moreira e Everaldo Martins. Isso tudo a mando de Jamil Name e Jamil Name Filho. Além disso, em um erro na execução do crime, um outro homem que estava no local também foi atingido por um disparo.
Por fim, foi apurado que Rafael Antunes foi o responsável por ocultar a arma do crime, com participação indireta. Também foi relembrado na denúncia que a motivação do crime foi um desentendimento entre Marcel e Jamil Name Filho em uma boate de Campo Grande. Naquele dia, Marcel teria agredido Name com um soco no nariz.
Marcel foi assassinado em 2018, mas a rixa entre o ‘Playboy da Mansão’ e Name começou em 2016, quando os dois se desentenderam por causa de balde de gelo. Em 2021, Jamil Name Filho negou ser o mandante da morte, mas confirmou o atrito e deu detalhes.
JORNAL MIDIAMAX




















