CPI das Bets

Denúncia de extorsão milionária agita bastidores e megaescândalo ronda CPI de Soraya, diz Veja

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Denúncia de extorsão de R$ 40 milhões a R$ 100 milhões ronda os bastidores da CPI das Bets, proposta por Soraya Thronicke (Podemos), segundo reportagem deste fim de semana da revista Veja. Aposta da senadora sul-mato-grossense para impulsionar a reta final do mandato, a comissão pode terminar em um megaescândalo.

A denúncia é uma escalada na briga entre Soraya e o senador Ciro Nogueira (PP), que bateram boca durante audiência da CPI das Bets após ela propor a convocação do “governo Bolsonaro”. Nogueira não viu sentido na iniciativa para proteger integrantes do Governo Lula (PT) e discutiu com a parlamentar.

O bate-boca terminou com o progressista profetizando: “daqui a pouco a senhora vai ter que dar muitas explicações”. “Então me convoque para a CPI, me convoque, já me convoque pra essa própria CPI. O senhor me respeite, o senhor me respeite, o senhor me respeite”, retrucou Soraya furiosa.

De acordo com a Veja, Ciro Nogueira procurou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), para alertá-lo de que um lobista conhecido de Brasília procurou um empresário de apostas e exigiu R$ 40 milhões para evitar a sua convocação para a CPI. O empresário não topou e denunciou o caso para a Polícia Federal. A conversa entre Pacheco e Nogueira foi testemunhada pelo senador Rogério Carvalho (PT), de Sergipe, que confirmou o diálogo para a revista.

O escândalo em curso

O lobista Silvio Assis teria procurado o empresário para dizer que tinha como evitar o “constrangimento”, mas que isso teria um “custo”. Como o empresário não topou a ajuda, a CPI das Bets, cuja relatora é Soraya Thronicke, aprovou a sua convocação para prestar depoimento.

Ciro Nogueira não acusou diretamente Soraya, mas fez questão de ressaltar o papel da senadora como relatora da CPI das Bets, a quem cabe coordenar e supervisionar toda a investigação. Ela ainda teria proximidade com o lobista acusado de tentativa de extorsão.

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Assis, que já foi preso pela Polícia Federal em 2018 acusado de exigir R$ 3 milhões para facilitar a emissão de registro de entidade sindical no Ministério do Trabalho, nega a acusação. No entanto, ele admite que acompanha de perto os trabalhos da CPI das Bets para colher informações para um documentário sobre apostas no Brasil. Ao ser questionado sobre a relação com Soraya, ele disse que conhece “50% dos senadores”.

Soraya Thronicke admitiu que conhece Silvio Assis, mas rebateu as acusações. De acordo com Veja, a senadora contou que há fortes indícios de que algo grave se passa nos bastidores da CPI, mas não em relação a ela.

A relatora da CPI das Bets disse que ouviu mensagem de áudio enviada por um empresário de um senador cobrando R$ 100 milhões “para resolver o assunto com a Soraya”. A senadora não revelou o nome do parlamentar nem do empresário.

Até o momento, a CPI das Bets recebeu 360 requerimentos e aprovou 230. Seis testemunhas já foram ouvidas.

De acordo com a revista, Pacheco estaria preocupado com o possível escândalo e estaria cogitando antecipar o encerramento dos trabalhos da comissão criada neste mês.

O Jacaré procurou a assessoria da senadora, mas não houve retorno até o momento.

 

Nota de Esclarecimento

Em relação às acusações envolvendo supostas extorsões e pagamento de propina nos bastidores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, a senadora Soraya Thronicke esclarece que tem recebido denúncias graves e preocupantes sobre o possível envolvimento de parlamentares e seus familiares em esquemas ilícitos, incluindo a realização de lobby para empresários donos de sites de apostas ilegais e influenciadores, com o objetivo de evitar convocações para comparecimento à CPI.

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A senadora também afirma que tem sido alvo de ameaças e tentativas de intimidação por parte de alguns colegas senadores. Além disso, existem fortes indícios de que o genro de um senador seja proprietário de uma plataforma especializada em jogos on-line e com sede em um país considerado paraíso fiscal. Há ainda suspeitas de seu envolvimento nos crimes que estão sendo investigados no âmbito da CPI.

Diante dessas situações, a senadora encaminhou as denúncias ao Diretor-Geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Além de formalizar a denúncia à PF, ela pretende processar criminalmente o senador por denunciação caluniosa, calúnia e difamação, além de reparação na esfera cível, em razão da ofensa à sua honra. A senadora também já colocou à disposição a quebra de seus sigilos bancários, fiscais, telemáticos e qualquer outra informação que a Polícia Federal julgar relevante para as investigações.

A senadora Soraya Thronicke entende que os ataques à sua reputação refletem o desespero de alguns parlamentares, especialmente por ela exercer o papel de relatora da CPI e atuar de forma combativa, com integridade, seriedade e honra — princípios que têm norteado seus seis anos de mandato no Senado Federal.

Quanto a outras denúncias, a senadora esclarece que não tem conhecimento a respeito e reforça que os responsáveis por tais acusações devem apresentar explicações diretamente à Polícia Federal.

Assessoria de Imprensa – Senadora Soraya Thronicke

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