"O Carrasco"

Deputado Paulo Corrêa volta ao centro de polêmica ao defender Cassems e atacar servidores críticos

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Parlamentar, que já foi flagrado em áudio ensinando colega a fraudar ponto, agora tenta silenciar críticas e minimizar queixas de usuários da Caixa de Assistência dos Servidores de MS

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul foi palco de tensão nesta semana após servidores públicos exigirem mais transparência e qualidade no atendimento prestado pela Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores). Enquanto os manifestantes pediam auditoria e denunciavam dificuldades de acesso a serviços essenciais, como homecare para idosos, o deputado estadual Paulo Corrêa (PR) optou por atacar os críticos ao invés de ouvir suas reivindicações.

Em um discurso inflamado e recheado de vaias, Corrêa classificou os insatisfeitos como “minoria barulhenta” e chegou a sugerir que procurassem outro plano de saúde. “Quem não está contente, a porta da saída é serventia da casa”, disparou o parlamentar, desconsiderando que a Cassems é uma instituição financiada com recursos dos próprios servidores, que têm o direito legítimo de cobrar melhorias.

Mais do que defender a gestão da Cassems, Paulo Corrêa tentou restringir o espaço democrático da Casa de Leis, propondo um filtro moral para determinar quem pode ou não discursar na tribuna. A fala gerou reações imediatas entre os presentes, sendo necessária a intervenção do deputado Pedro Kemp (PT) para conter os ânimos.

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A postura de Corrêa reacendeu críticas sobre sua conduta ética. O parlamentar é lembrado por um episódio escandaloso de sua carreira: foi flagrado em áudio orientando outro deputado sobre como fraudar a folha de ponto de funcionários comissionados da Assembleia Legislativa. O registro, com mais de três minutos de duração, evidenciava preocupação em burlar a fiscalização sobre a presença dos servidores nos gabinetes.

A fala de Jader Fabiano da Silva Bruno, presidente da ABCassems, contrastou com a truculência de Corrêa. Representando os beneficiários, Jader reforçou a necessidade de diálogo e expôs situações graves enfrentadas por usuários, como a recusa de atendimento domiciliar a pais doentes de servidores. “A Cassems não tem esquerda, não tem direita, não tem centro. O que tem são servidores”, pontuou, destacando que o problema está na gestão, não em ideologias.

Ao preferir o confronto e o silenciamento, Paulo Corrêa ignora o papel fiscalizador do Parlamento e os princípios democráticos que deveriam nortear sua atuação. Sua tentativa de deslegitimar os questionamentos dos servidores revela mais sobre sua visão autoritária do que sobre a qualidade do serviço prestado pela Cassems. Em vez de construir pontes, o deputado continua colecionando polêmicas — e agora também vaias.

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