A professora Marielli Palácios Ferraz, 42 anos, foi a óbito, após ser gravemente ferida em acidente no fim da manhã desta quarta-feira (27), no Bairro Tijuca, região Oeste de Campo Grande. Ela pilotava uma moto Biz, quando foi atingida de frente (veja vídeo) e arrastada pelo veículo Spin, conduzido pela empresária artística Abegail Rosa Beker, 69 anos, que estaria ao celular. A família da atropelada, no meio da dor, denúncia omissão de socorro e que já sabem, que por ‘influência’, pode não haver registro do crime de trânsito.
A visão de impunidade, apesar de lavrado o B.O (Boletim de Ocorrência), ocorre porque, já o B.O, vem sem detalhes diretos e a acusada seria sogra do Secretário de Educação de MS, Hélio Daher, e que teria ainda a filha, Alessandra Ferreira Beker Daher, também nomeada no Governo do Estado. O fato ainda já imputa a família, a questão de um ou mais Nepotismo na Gestão de Eduardo Riedel.
Bem como, a possível falta de punibilidade aumenta, pois familiares e amigos de Marielli, também apontam uma família sem responsabilidade e princípios. Crimes de trânsito seriam recorrente, como recente, no último sábado (20), o neto de Abegail, embriagado, também teria provocado acidente, atingindo um casal. Mas, pela situação no local, o pai do rapaz foi quem assumiu o acidente.

Conforme B.O, que não tem descrição da condutora estar no aparelho celular, o acidente foi registrado como ‘Pratica de Lesão corporal culposa na direção de veículo’, que é crime previsto no artigo 303 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), onde o condutor causa, sem intenção, lesões corporais a outra pessoa em razão de negligência, imprudência ou imperícia no trânsito.
O Acidente
Testemunhas e vídeo, apontam que Abegail no carro seguia pela Rua Souto Maior, e, fez uma brusca conversão, devido a estar só com uma mão ao volante, em direção à Rua Alfredo Lisboa, quando atingiu a moto de Marielli, que estava parada na esquina ante sua sinalização de PARE. Com o impacto, Marielli foi arrastada e acabou ficando presa embaixo do veículo.
A vítima teria tido ainda o carro passando por cima de seu corpo todo, e então foi socorrida gravemente feriada a Santa Casa. A condutora Abegail até foi conduzida ao 6ª DP (Delegacia de Polícia) no bairro Tijuca, para prestar depoimentos.
Conforme laudo médico da Santa Casa, Marieli deu entrada em estado gravíssimo, tendo Politraumatismo, diversas fraturas e choque sépticos e forte hemorragia interna .
Segundo a prima da professora, Ariel Palácios, 29 anos, Marielli antes de falecer ainda passou por uma cirurgia que durou quatro horas. “A mulher que atropelou passou com o carro por cima da barriga e perfurou até o intestino fino. Ela passou por 4 horas de cirurgia e teve que tirar um pedaço do intestino. Teve hemorragia interna, mas o quadro está bem complicado, agora está aguardando vaga no CTI”, relatou antes da morte.
Imunidade Impunidade não
Ainda de acordo com ela, a prima havia acabado de deixar o filho em casa e seguia para consertar o pneu da moto no momento do acidente.
Ariel fala em áudio, enviado ao Pauta Diária, sobre a ocorrência, a família influente e possível impunidade, que eles não pretendem deixar sem respostas
“Este foi o acidente que esta senhora provocou, atropelou e por fim matou Marielli. Eles não prestaram nenhuma condolência, nenhuma ajuda. Devem sair impune, devem só pagar uma multa de trânsito, porque ela –Abegail- estava no celular. Está difícil de a gente conseguir até falar nome dela, da família nas notícias, pois ela é sogras deste Helio –Secretario-, e quere preservar, estão nem querendo postar e falam só da questão do acidente. Mas, a gente quer, nós vamos protestar, ir as ruas, fazer camiseta para buscar e fazer Justiça. Eles não podem sair impunes”, aponta amiga da vítima, que não vamos identificar.
A amiga prossegue e fala da questão familiar e em possíveis vários acidentes recorrentes
“Uma coincidência, no sábado passado, o neto dela – Abegail- embriagado atropelou um casal. Mas, o pai, para o filho não ser punido, assumiu a bronca. Levaram o casal ao hospital, sem socorro chegar e registrar. Então assim, o perfil da família é de que não tem princípios e simplesmente querem e podem sair impunes. Mas, a gente não quer deixar”, conclui a amiga.