Corrupção

Ex-diretores do HRMS acusados pelo desvio de R$ 4,7 milhões vão a julgamento em 2026

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O grupo acusado de desviar R$ 4,7 milhões por meio de compras fictícias no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian vai a julgamento em fevereiro de 2026. A denúncia do Ministério Público Estadual derivada da Operação Parasita aponta como principais articuladores do esquema de corrupção ex-diretores do HRMS.

A 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos avaliou as defesas prévias dos réus de improbidade administrativa, descartou as alegações preliminares e deu prosseguimento ao processo contra o ex-coordenador logística e suprimentos Rehder dos Santos Batista, o ex-diretor administrativo e financeiro Josceli Roberto Gomes Pereira, e os empresários Wagner Gonçalves Martins, Matheus e Emergon Ludwig.

A audiência de instrução e julgamento foi marcada para o dia 4 de fevereiro do ano que vem. Testemunhas de acusação e defesa, além do interrogatório dos réus, servirão de prova para apurar se houve enriquecimento ilícito de Rehder Batista e Emerson Ludwig, com prejuízo ao erário causado por todos os acusados.

“Defiro a produção da prova testemunhal requerida pelo Ministério Público Estadual (fls. 4035) e pelos requeridos Emerson Ludwig, Matheus Souza Ludwig, Wagner Gonçalves Martins (fls. 4040) e Josceli Roberto Gomes Pereira (fls. 4041/4042)”, diz o despacho publicado no Diário de Justiça Eletrônico desta quarta-feira (29).

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Conforme a denúncia do MPE, Rehder Batista chegou a cancelar uma licitação para viabilizar a compra de 18 mil unidades de contraste radiológico em maio de 2018. O montante foi adquirido em apenas um mês, apesar de não ser possível estocar por muito tempo e de representar o consumo do hospital pelo período de três anos.

O MPE obteve acesso às conversas entre os acusados, nas quais combinam desde o cancelamento da licitação, o pagamento de propina e até comemoram o contrato milionário no HRMS. O triste é que o desvio ocorreu no mesmo período em que milhares de pacientes, inclusive com doenças graves, não conseguiram realizar exames médicos por falta de produtos.

A Mega Comércio de Produtos Hospitalares emitiu três notas fiscais para entregar os produtos, que teriam sido atestados por Rehder. No entanto, conforme a Secretaria Estadual de Fazenda, a empresa não emitiu nenhuma nota no período para entregar 18 mil unidades de contraste no hospital.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária também não encontrou nenhuma movimentação tanto do fornecedor quanto da Mega para a entrega dos produtos ao HRMS. Houve simulação para de outros materiais, como agulha aspirativa, cateter de longe permanência para hemodiálise, entre outros itens.

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Em outra denúncia feita pelo MPE, Rehder foi denunciado por desviar R$ 12 milhões por meio de compras fictícias junto aos donos da Cirumed. O desvio ocorreu entre setembro de 2016 e dezembro de 2019.

O JACARE

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