Grilagem de terras

PF investiga se servidores da Agraer receberam propina para falsificar títulos

PF cumpre mandados contra grilagem de terras em Campo Grande (Henrique Arakaki, Midiamax)

publicidade

A PF (Polícia Federal) investiga se servidores da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) receberam propina para falsificar títulos de terras da União a organização criminosa que atuava com grilagem de terras em Mato Grosso do Sul.

Conforme nota oficial divulgada pela PF, o grupo se apossava ilegalmente de terras pertencentes à União através de processos que tramitavam na Agraer, mesmo sem a autarquia estadual ter competência para isso.

Assim, a Polícia Federal diz que “de forma dolosa, os responsáveis omitiriam que as áreas em questão pertenciam à União — o que tornaria a AGRAER incompetente para decidir sobre tais terrenos. Ainda assim, os processos tramitavam normalmente no órgão, possivelmente com o envolvimento de propina, até a emissão de títulos irregulares”, diz trecho da nota.

Dessa forma, as investigações apontam que o grupo tentava omitir a origem pública da terra para conseguir a titularidade das áreas de forma ilegal. “Caso a fraude fosse percebida durante o trâmite, o processo era cancelado sob a justificativa de irregularidade, alegando-se erro no reconhecimento da titularidade da área”, conclui a PF.

Leia Também:  MS tem a melhor safrinha de milho dos últimos 10 anos, superando 14 milhões de toneladas

O grupo agia para obter áreas situadas dentro do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, localizado em faixa de fronteira. Os responsáveis pela fraude visavam a comercialização de Cotas de Reserva Ambiental (CRA) – ou Títulos de Cota de Reserva Ambiental Estadual (TCRAE).

A reportagem acionou oficialmente a Agraer para se posicionar sobre a operação, mas não obteve retorno até esta publicação. O espaço segue aberto para manifestação.

 

PF cumpre mandados na Agraer, empresas e condomínio de luxo

A PF deflagrou operação contra grilagem de terras na manhã desta quinta-feira (08), cumprindo 11 mandados de busca e apreensão em locais em Campo Grande e um em Rio Brilhante. Não há informações se houve prisões.

Além disso, houve sequestro de bens e bloqueio de valores de mais de R$ 3 milhões.

Os agentes cumpriram mandados na sede da Agraer, em empresas ligadas ao esquema e a alvos que moram em condomínios de luxo da Capital.

Conforme informações, foi descoberto que um grupo falsificava documentos para se apropriar ilegalmente de terras pertencentes à União, com o objetivo de valorização e posterior venda dos terrenos. Ainda conforme a PF, os crimes incluem falsidade ideológica, grilagem, associação criminosa e possíveis delitos contra o meio ambiente.

Leia Também:  Assomasul pagará até R$ 14,7 milhões para capacitar servidores municipais

Cerca de 40 agentes percorrem bairros da cidade, inclusive mandados são cumpridos no Parque dos Poderes. Não há informações sobre materiais apreendidos.

JORNAL MIDIAMAX

COMENTE ABAIXO:

Compartilhe essa Notícia

publicidade

publicidade

publicidade

Previous slide
Next slide

publicidade

Previous slide
Next slide