STF forma maioria para tornar Eduardo Bolsonaro réu por coação ante ações sobre o Tarifaço

(Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputado)

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A maioria dos ministros da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta sexta-feira (14), tornar o licenciado, mas ainda deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), réu pelo crime de coação no curso de processo ante suas ações contra a Nação, mais conhecida como Lesa Pátria.

O parlamentar brasileiro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, em setembro, foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República), no inquérito que apurou a atuação dele, junto ao governo dos Estados Unidos para promover o tarifaço contra as exportações brasileiras, a suspensão de vistos de ministros do governo federal e ministros da Corte. A investigação foi conduzida pela Polícia Federal que indiciou o parlamentar.

Com a decisão, apesar de ainda não finalizada, falta o voto da ministra Cármen Lúcia, tem como próximo passo a abertura de uma ação penal contra o deputado licenciado. Durante a instrução do processo, ele poderá indicar testemunhas, apresentar provas de inocência e pedir diligências específicas que sejam interessantes para sua defesa.

Eduardo deixou o Brasil em fevereiro deste ano e está nos Estados Unidos, onde até já se diz refugiado político, que trabalha a favor do Brasil, mesmo ante já ter causado diversos prejuízos a Economia e até as Instituições, como no Poder Judiciário, onde em pessoas de juízes, que foram punidos com sanções esdrúxulas do governo Norte-Americano, mas que penalização pessoas jurídicas e físicas do País.

Licenciado com tempo vencido a espera de cassação

O parlamentar pediu licença do mandato de 120 dias, desde fevereiro até julho. Assim, desde dia 20 de julho, quando a licença terminou, o deputado tem licenciamento findado, mas continua com mandato e assessores. Ele até teve salário suspensos, mas por determinação do STF.

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Como ele não comparece às sessões desde Julho, poderá ser cassado por faltas. Mas, uma cassação já por diversos erros criminais contra a Nação, que deveria acontecer automaticamente, não é tomada pela Mesa Diretora, que teria o Poder para fazer.

Assim, diante as faltas, processo é lento, porque a Constituição estabelece que um deputado pode perder seu mandato caso deixe de comparecer a um terço das sessões da Casa, a menos que esteja de licença ou em missão autorizada. Isto só deve ocorrer em Março de 2026.

De acordo com o regulamento, a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara tem até 5 de março para encaminhar relatórios de frequência à presidência da Casa. Cabe ao presidente analisar os casos e decidir se há elementos para levar à perda do mandato.

Julgamento

O julgamento no STF, para fazê-lo réu, é virtual e começou às 11h de hoje. Até o momento, o relator, Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram pelo recebimento da denúncia e para transformar o deputado em réu.

Para o relator, existem provas de que Eduardo Bolsonaro participou das articulações para o governo dos Estados Unidos sancionar as exportações brasileiras e aplicar a Lei Magnitsky contra ele e outras autoridades do Brasil.

“A grave ameaça materializou-se pela articulação e obtenção de sanções do governo dos Estados Unidos da América, com a aplicação de tarifas de exportação ao Brasil, suspensão de vistos de entradas de diversas autoridades brasileiras nos Estados Unidos da América e a aplicação dos efeitos da Lei Magnitsky a este ministro relator”, disse Moraes.

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A votação ficará aberta até o dia 25 de novembro. Falta o voto da ministra Cármen Lúcia.

Somente os quatro ministros vão votar sobre a questão. Com saída de Luiz Fux para a Segunda Turma do STF, uma cadeira está vaga e só será preenchida após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar um ministro para suceder Luís Roberto Barroso, que se aposentou.

Defesa

Pelas redes sociais, Eduardo Bolsonaro classificou o voto de Moraes como “caça às bruxas”.

“Moraes vota para me tornar réu. Outros candidatos anti-establishment, como o próprio Jair Bolsonaro, e favoritos ao Senado sofrerão a mesma perseguição. É o sistema se reinventando para sobreviver. Tudo que sei é via imprensa, já que jamais fui citado. Por que Moraes não usa os canais oficiais com os EUA?”, escreveu.

A defesa de Eduardo Bolsonaro foi feita pela Defensoria Pública da União (DPU). Durante a investigação, Moraes determinou a notificação do deputado, mas ele não constituiu advogado nem apresentou defesa.

No fim de outubro, a DPU pediu a rejeição da denúncia, argumentando que o deputado não é autor das sanções e que suas manifestações são “exercício legítimo da liberdade de expressão e do mandato parlamentar”.

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